Bendito seja o nosso amor!
- Gabriela Freitas
- 17 de nov. de 2015
- 2 min de leitura

Nem sempre a gente dá a sorte de cruzar com o príncipe encantado. Alguns amores são perdidos no meio do caminho porque o relógio não tocou, o ônibus atrasou ou alguém ligou no seu celular bem na hora que vocês se esbarraram. Noutras o problema não está no tempo, tá na cara, tá no papo que não fluí, e nas borboletas que se recusam a invadir seu estômago, tá na falta de sincronicidade, de afeto, de amor. Se uma parte não tem - e talvez nunca tenha - a chance de sentir um amor desses, uma outra tem a sorte de viver um encontro de almas. Eu acredito no acaso do amor, naquele encontro apressado no meio de alguma esquina da vida que podia ter passado batido se não fosse o cara certo na hora certa. É um encontro quase que programado a dedo por alguém que os projetou um para o outro. Ainda bem que eu esbarrei em você. Veio com a fala mansa, o olhar doce, a pose serena. Veio como melhor amigo, amante, namorado. Veio como amor da minha vida. E eu só assenti a sua chegada, apaixonada pelo seu jeito desajeitado de ser meu. Abri a porta da minha casa, da minha vida e do meu peito, em troca ganhei seu colo e seu amor. Te deixei bagunçar meu mundo para uni-lo ao seu, construímos um novo lugar dentro de nós, prometemos ao vento um milhão de coisas, mas nada de pra sempre, o que é eterno não precisa de confirmação. E a gente é. Vez ou outra me pego te olhando enquanto perco meus dedos na sua barba sem entender direito como a paz pode se resumir a um rosto. Um toque. Uma boca. Um sorriso. Um olhar. Não a paz do mundo, mas a minha paz. Acontecemos sem previsão, a vida nos encaixou - como duas peças moldadas para se completarem - e o destino enlaçou os nossos caminhos. Fomos feitos um para o outro, nossas almas são ligadas por amor. Amor verdadeiro, desses que eu, sem medo, culpo o acaso. Bendito seja ele. Te amo.
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