Pronto falei!
- Rafaella Bello
- 14 de out. de 2015
- 2 min de leitura

Cheguei a pouco do shopping com a minha filha e ela sentiu na pele um pouquinho da falta de educação que se instalou no mundo. Fomos assistir a um filme e já dentro do cinema ela tirou a tiara da cabeça para por os óculos, e a colocou em cima de mim, junto com a pipoca, a batata o sanduíche e sentou confortável na poltrona dela. Vida de mãe é isso! Quando o filme acabou, eu me distrai cuidando de separar nosso lixo para jogar fora e esqueci a tiara dela na poltrona. Gente, em menos de cinco minutos, JURO, roubaram. Ela logo começou a chorar, e eu como mãe a convidei para comprar outra, mas ela não aceitou. Queria a tiara que trouxe de São Paulo para ela. Isso a deixou muito sentida, não pela matéria, mas pelo sentimento, pela fragilidade de algo seu ser tomado de maneira covarde. Já fui vítima demais de furto. Perdi as contas. Porém teve um que nunca esqueci. Foi no aeroporto aqui de Teresina, cheguei de madrugada com ela ainda bem pequena, fiquei sentada com ela dormindo nos meus braços enquanto nossas malas não chegavam e distraída coloquei uma maleta com nossas joias, meu secador, minhas maquiagens... na cadeira ao meu lado. Na correria esqueci a mala de mão na cadeira dentro da sala de embarque. Quando cheguei em casa senti falta e voltei até o aeroporto. Ao chegar lá, ninguém sabia da mala. Manifestei minha indignação. No dia seguinte pela manhã fui falar com o chefe da segurança. A tarde ele me ligou perguntando se eu poderia ir até lá que queria muito me mostrar uma coisa. Senti vontade de vomitar com as imagens, a ponto de pedir para parar. Uma senhora com uma aparência extremamente esquisita, e uma criança, acho que deveria ser neta dela. Elas vieram em um voo diferente do meu, chegaram em seguida no voo da empresa Azul. O vídeo mostrou que ela passou mais de uma hora olhando para minha mala, chegando a sair e entrar na sala de embarque várias vezes. Em um determinado momento a criança fica sem entender o que a mulher está fazendo. Até que ela pega a minha bolsa e sai com a criança que presenciou o crime. Pobre garotinha! Eu não sei explicar o que eu senti, mas passei a sentir nojo das minhas coisas, decidi que não as queria mais, e encerrei o caso por ali. Vai entender. Não sei se foi pena da criança, não sei explicar. Apesar dessa senhora não ser tão idosa, quero me manifestar aqui para acabarmos com essa história de que todo velhinho é bonzinho! Há muito tempo jogo pesado com a minha filha sobre violência e golpes. Digo abertamente que o mau se finge de bom e que ela deve ser uma garota esperta. Não aceitar nada de estranho, não falar com desconhecidos e muito menos se deslocar um metro que seja com eles. Esse mundo tá repleto de gente sem vergonha, ruim e mal educada. Pronto falei!
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