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Pois quero alguém para sempre!

  • Fernando Oliveira.
  • 8 de set. de 2015
  • 3 min de leitura

Já se passaram muitos anos e aqui estou. Desinteressado, miúdo e turvo. O sorriso continua o mesmo de sempre. O coração, pulsando cada vez mais forte. A saudade, mansa e tranquila. A vontade de viver, enorme. Mas sei que dentro do meu ser e do meu coração, ainda falta algo. Algo que há anos não pude ter. Até hoje me pergunto: Porque sempre deu errado?

Talvez isso tudo seja falta de uma namorada. Uma companheira para seguir os dias. Um amor tranquilo de primavera. Um amor quente em dias de chuva. Uma paixão que vale à pena. Há tempos que não sei o que é abraçar apertado. Há tempos que não sei o que é um beijo demorado.

Há tempos que não vejo alguém que vale realmente à pena tentar todos esses tipos de coisas que a gente chama de paixão. De romance. De dar flores. De acordar ao lado. De dormir apertado. De planejar o futuro. De rir juntos até a barriga doer. De fazer feliz. De contar para os amigos. De assistir um filme em um dia frio. De caminhar na praça. De amar tanto, à ponto de não querer mais ninguém, além dessa pessoa. De ligar na madrugada, só pra falar que tá com saudade. De cuidar. De proteger. De fazer amor em um domingo cinzento de frio. De assistir filmes de terror, apertados, protegendo-a do medo.

Mas sei que nessa vida, tudo tem a sua hora exata. E que não adianta a gente ficar empurrando com a barriga. E nem ficar dando murro em ponta de faca. O que não é pra ser, não vai ser. Deus tem o melhor para nós. Guardado. Um dia, quem sabe, a gente acha. Admiro as pessoas que por estarem na carência, não se entregam ao desconhecido. Admiro também, pessoas que esperam o momento certo.

Por que, coração não é panfleto de rua para entregar ao primeiro que passar. O coração escolhe um outro coração. Saiba cuidá-lo do seu e d’outro, para ambos, terem uma boa sintonia. Uma boa ligação. E mais pra frente, os dois se unirem e começarem a baterem em um só.

Mas não me desespero. Quem sabe ano que vem, ou, semana que vem, aparece à pessoa que eu mais preciso. Tudo isso, dependendo de como vai estar o meu coração ou a vontade desta mulher, e qual será o seu interesse. Será para sempre ou só coisa do momento? Não sei. Enquanto todas essas coisas não acontecem, eu sigo o meu ciclo de vida. Vou seguindo os meus dias, evoluindo-me, tornando-me um Homem melhor.

Tentando, de qualquer forma, fazer com que as minhas qualidades exageradas e os meus defeitos obscuros, entram em perfeita harmonia. Tudo isso para que o dia que essa Mulher aparecer, eu possa amá-la, valorizá-la, do jeito que ela sempre mereceu, da forma que ela sempre buscou em um Homem, cujo não deu valor. E óbvio, fazer os meus dias, o sorriso dela. Então guardo todo o meu amor por dentro. Lá no fundo. É precioso.

Pensar no amor que tenho faz com que eu tenha vontade de cuidar de mim mesmo, então é bom. Então eu me preservo. Pois quero alguém para sempre, não para de vez em quando. E assim eu sigo: Felicíssimo. De pernas e ombro dolorido, mas o coração… Ah, o coração tranquilo.



 
 
 

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